sexta-feira, 30 de setembro de 2011

O poder da autonomia e da pergunta

Acabo de chegar do Festival Bairro Escola , promovido pelo Projeto Aprendiz www.cidadeescolaaprendiz.org.br , para o qual as seis escolas do Projeto Currículo Global foram convidadas por Helena Singer . A EMEF Guilherme de Almeida topou a parada e lá se foram a Prof Debora Maria Macedo e sua turma , mais outra uma colega, participar de uma "aula fora da escola" e colocar em prática alguns princípios básicos do nosso Projeto : protagonismo infantil e juvenil, aprendizagem significativa , conexão entre currículo e realidades locais e globais.
Em uma semana, a direção da escola, sensibilizada pelos argumentos da professora Débora, havia conseguido autorização da Diretoria de Ensino, ônibus e camisetas impressas para a turma, com o nome da escola , desenho do Claudius, logos e tudo o mais . Enquanto isso, a professora imprimira filipetas com o site do Projeto , criara um maravilhoso texto de divulgação e preparara os alunos para atuar como debatedores nas mesas organizadas pelo Aprendiz e como repórteres de texto e imagem. Tudo isso sem perder o foco dos objetivos da programação de Língua Portuguesa ( trabalho com notícias ).
Durante as oito horas de duração do evento, o pessoal da Guilherme brilhou. Os alunos expuseram suas ideias , contaram sobre o Projeto Currículo Global, entrevistaram o Secretário Alexandre Schneider, tiraram fotos , registraram tudo . No final, a professora Débora demonstrou o poder da pergunta, ao deflagrar um debate , colocando na roda a indagação de um de seus estudantes : "Funk é arte?" O circo pegou fogo. Adolescentes, jovens, adultos e idosos se revezaram , dando opiniões e expondo seus conceitos sobre cultura e arte. Todos sairam de lá como se deve sair de uma boa aula: com mais perguntas. Quem define o que é arte e o que não é? A arte só é arte quando expressa valores globais planetários ? Arte que expressa preconceito, discriminação e incita à violência é arte? É possível defender a igualdade entre homens e mulheres e a a diversidade e ao mesmo tempo cantar músicas que desvalorizam e depreciam as mulheres?

Perdi a parte em que todos foram assistir a Jam Session musical , trocar endereços, tecer novas redes.


E estou curiosa para ler , no blog pontodeencontrodogui , o balanço das aprendizagens dos alunos, feito pelos próprios,